"A Reforma foi uma ocasião em que os homens ficaram cegos, embriagados por descobrir, no porão empoeirado do medievalismo tardio, uma adega repleta de graça envelhecida mil e quinhentos anos, com teor alcoólico 100% — garrafa após garrafa de pura Escritura destilada, um gole da qual bastava para convencer qualquer um de que Deus nos salva sem precisar de ajuda.
A palavra do evangelho — depois de todos aqueles séculos de tentar elevar-se ao céu preocupando-se com a perfeição de seus atacadores — tornou-se repentinamente um anúncio directo de que os salvos já estavam em casa mesmo antes de começarem (...) A graça deve ser bebida pura: sem água, sem gelo, e seguramente sem água tónica; não se permite que nem bondade, nem maldade, nem as flores que desabrocham na primavera da super-espiritualidade entrem na mistura"
A palavra do evangelho — depois de todos aqueles séculos de tentar elevar-se ao céu preocupando-se com a perfeição de seus atacadores — tornou-se repentinamente um anúncio directo de que os salvos já estavam em casa mesmo antes de começarem (...) A graça deve ser bebida pura: sem água, sem gelo, e seguramente sem água tónica; não se permite que nem bondade, nem maldade, nem as flores que desabrocham na primavera da super-espiritualidade entrem na mistura"
Robert Farrar CAPON. Between noon and three
O problema foi que a seguir à reforma, voltou-se a engarrafar a Graça.
Meteram-lhe rótulos, denominação de origem controlada... e transformaram a Graça, num produto de mercado.
Mas esta não pode ser confinada a regras humanas, não pode ser limitada.
A Graça é livre, para libertar o homem da sua condição, para ser distribuída por TODOS.
Sola gratia!
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