quarta-feira, 30 de abril de 2014

Estevão, que disse ele...




Irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando ele na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar.
Então saiu da terra dos caldeus e habitou em Harã. Dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que vós agora habitais.
E não lhe deu nela herança, nem sequer o espaço de um pé; mas prometeu que lha daria em possessão, e depois dele à sua descendência, não tendo ele ainda filho.
Pois Deus disse que a sua descendência seria peregrina em terra estranha e que a escravizariam e maltratariam por quatrocentos anos.
Mas eu julgarei a nação que os tiver escravizado, disse Deus; e depois disto sairão, e me servirão neste lugar.
E deu-lhe o pacto da circuncisão; assim então gerou Abraão a Isaque, e o circuncidou ao oitavo dia; e Isaque gerou a Jacó, e Jacó aos doze patriarcas. Os patriarcas, movidos de inveja, venderam José para o Egito; mas Deus era com ele, e o livrou de todas as suas tribulações, e lhe deu graça e sabedoria perante Faraó, rei do Egito, que o constituiu governador sobre o Egipto e toda a sua casa.
Sobreveio então uma fome a todo o Egito e Canaã, e grande tribulação; e nossos pais não achavam alimentos.
Mas tendo ouvido Jacó que no Egito havia trigo, enviou ali nossos pais pela primeira vez.
E na segunda vez deu-se José a conhecer a seus irmãos, e a sua linhagem tornou-se manifesta a Faraó.
Então José mandou chamar a seu pai Jacó, e a toda a sua parentela - setenta e cinco almas.
Jacó, pois, desceu ao Egito, onde morreu, ele e nossos pais; e foram transportados para Siquém e depositados na sepultura que Abraão comprara por certo preço em prata aos filhos de Emor, em Siquém.
Enquanto se aproximava o tempo da promessa que Deus tinha feito a Abraão, o povo crescia e se multiplicava no Egito; até que se levantou ali outro rei, que não tinha conhecido José.
Usando esse de astúcia contra a nossa raça, maltratou a nossos pais, ao ponto de fazê-los enjeitar seus filhos, para que não vivessem.
Nesse tempo nasceu Moisés, e era mui formoso, e foi criado três meses em casa de seu pai.
Sendo ele enjeitado, a filha de Faraó o recolheu e o criou como seu próprio filho.
Assim Moisés foi instruído em toda a sabedoria dos egípcios, e era poderoso em palavras e obras.
Ora, quando ele completou quarenta anos, veio-lhe ao coração visitar seus irmãos, os filhos de Israel.
E vendo um deles sofrer injustamente, defendeu-o, e vingou o oprimido, matando o egípcio.
Cuidava que seus irmãos entenderiam que por mão dele Deus lhes havia de dar a liberdade; mas eles não entenderam.
No dia seguinte apareceu-lhes quando brigavam, e quis levá- los à paz, dizendo: Homens, sois irmãos; por que vos maltratais um ao outro?
Mas o que fazia injustiça ao seu próximo o repeliu, dizendo: Quem te constituiu senhor e juiz sobre nós?
Acaso queres tu matar-me como ontem mataste o egípcio?
A esta palavra fugiu Moisés, e tornou-se peregrino na terra de Madiã, onde gerou dois filhos.
E passados mais quarenta anos, apareceu-lhe um anjo no deserto do monte Sinai, numa chama de fogo no meio de uma sarça.
Moisés, vendo isto, admirou-se da visão; e, aproximando-se ele para observar, soou a voz do Senhor; “Eu sou o deus de teus pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”. E Moisés ficou trêmulo e não ousava olhar.
Disse-lhe então o Senhor: “Tira as alparcas dos teus pés, porque o lugar em que estás é terra santa. Vi, com efeito, a aflição do meu povo no Egito, ouvi os seus gemidos, e desci para livrá-lo. Agora pois vem, e enviar-te-ei ao Egito.”
A este Moisés que eles haviam repelido, dizendo: Quem te constituiu senhor e juiz? a este enviou Deus como senhor e libertador, pela mão do anjo que lhe aparecera na sarça.
Foi este que os conduziu para fora, fazendo prodígios e sinais na terra do Egito, e no Mar Vermelho, e no deserto por quarenta anos.
Este é o Moisés que disse aos filhos de Israel: Deus vos suscitará dentre vossos irmãos um profeta como eu.
Este é o que esteve na congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai, e com nossos pais, o qual recebeu palavras de vida para vo-las dar; ao qual os nossos pais não quiseram obedecer, antes o rejeitaram, e em seus corações voltaram ao Egito, dizendo a arão: Faze-nos deuses que vão adiante de nós; porque a esse Moisés que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu.
Fizeram, pois, naqueles dias o bezerro, e ofereceram sacrifício ao ídolo, e se alegravam nas obras das suas mãos.
Mas Deus se afastou, e os abandonou ao culto das hostes do céu, como está escrito no livro dos profetas: Porventura me oferecestes vítimas e sacrifícios por quarenta anos no deserto, ó casa de Israel?
Antes carregastes o tabernáculo de Moloque e a estrela do deus Renfã, figuras que vós fizestes para adorá-las. Desterrar-vos-ei pois, para além da Babilônia.
Entre os nossos pais no deserto estava o tabernáculo do testemunho, como ordenara aquele que disse a Moisés que o fizesse segundo o modelo que tinha visto; o qual nossos pais, tendo-o por sua vez recebido, o levaram sob a direção de Josué, quando entraram na posse da terra das nações que Deus expulsou da presença dos nossos pais, até os dias de Davi, que achou graça diante de Deus, e pediu que lhe fosse dado achar habitação para o Deus de Jacó.
Entretanto foi Salomão quem lhe edificou uma casa; mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta:
O céu é meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés. Que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual o lugar do meu repouso?
Não fez, porventura, a minha mão todas estas coisas?
Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; como o fizeram os vossos pais, assim também vós.
A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que dantes anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores e homicidas, vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Ponto de partida...




Esta página surge pela necessidade de desconstruir o conceito de "desigrejado".

Sendo nós Igreja em Deus, por e com Cristo, nunca deixaremos de ser Igreja.

Desigrejados nunca, mas igrejado em Deus, e assim de desigrejado, nasceu o nome "Deus Igrejado". Uma letrinha, mas completamente oposto.

Apesar de não haver duas pessoas que concordem absolutamente em tudo, temos como base uma série de fundamentos, que se encontram em construção, como cada um de nós, e que enumeramos a seguir. 
No entanto, todos são bem-vindos a revisitar esta página, porque irá sendo actualizada à medida do nosso crescimento e entendimento. Esta lista não é algo fechado, mas um ponto de partida para uma discussão alargada sobre a vida com Deus, com Cristo e por Cristo.

Essência: Deus é Amor. Humanamente, não podemos categorizar Deus de outra forma. Ele está tão além da nossa compreensão, da nossa capacidade de o imaginar, de o racionalizar… Por isso, mais vale assumir a futilidade da tentativa de conceber um Deus, à nossa imagem e semelhança, e falar aquilo que Ele diz dEle mesmo. Deus é Amor.

Divindade: Jesus, como Filho de Deus, é a encarnação do próprio Deus, que se humilhou a si mesmo, na forma humana. Morrendo por nossos pecados, ressuscitou porque nem a morte pode conter o autor da vida. Ascendeu ao céu, de onde enviou o Espirito Santo, que nos aconselha, consola e guia.

Mandamento:Um mandamento, "Amar". A Deus acima de tudo, ao próximo, e uns aos outros como testemunho do corpo.

Bíblia: Toda a palavra de Deus é Cristocêntrica e Cruciforme. Divinamente inspirada. Sem excepção! 

Simplicidade: Acreditamos em ser igreja de forma simples, isso implica sermos Igreja com os que se cruzam na família, na escola, no trabalho, no prédio, e com aqueles com quem congregamos.

Instituições:Entendemos a necessidade gregária do ser humano, mas rejeitamos que ela seja a formula para agradar e/ou chegar a Deus. Escolhemos, na simplicidade, não congregar em locais de culto especifico, pelo formato e pelo que representam. Nada nos move contra quem vive a sua vida cristã em instituições, porque não é a presença nestas que determina se são ou não salvos.

Reforma: A reforma protestante conquistou alguns passos importantes, mas esqueceu-se de outros. De entre muitos, destacamos alguns importantes como, acabar com o processo de hierarquias iniciado pelo Imperador Constantino, de separar a Igreja do estado e, principalmente, de governos corruptos ou ainda acabar com as elites sacerdotais que se servem do corpo, em vez de o servir. Sendo assim, não celebramos a reforma que ocorreu à 500 anos, mas celebramos a reforma que ainda decorre, e em que a desinstitucionalização e o estabelecimento de igualdade entre irmãos, ocorre como um dos passos necessários para uma forma mais correcta e saudável de viver o evangelho.

Sacerdócio: Não há mais classes especiais, quando o véu foi rasgado TODOS têem acesso ao Pai. Por Cristo somos Sacerdotes num reino de Irmandade Sacerdotal. Por Cristo, Sumo-sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, no sentido espiritual, o que significa que todos temos dons e capacidades que devem ser colocadas ao serviço do Corpo místico, que é a Igreja, em cooperação e não em competição.

Reino: O Reino de Deus já chegou. E é subversivo! Implica não cooperar com os outros reinos deste mundo.