quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Malakos e Arsenokoitê



Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.
1 Coríntios 6:10
Malakos e Arsenokoitê

Estas palavras traduzidas por efeminados e sodomitas, são exactamente palavras que definem 2 tipos de prostituição masculina: a passiva do homossexual passivo e a activa do homossexual que sodomiza o precedente ou o que pague para ser sodomizado. 

Ora estas 2 palavras referem-se á homossexualidade passiva e activa, a efeminada e a sodomizadora, mas eis o mais relevante: em prostituição. Elas referem primeiro que tudo a condição de prostituto. 

Malakos: prostituto homossexual que era pago para se deixar sodomizar.

Arsenokoitê: prostituto homossexual que era pago para sodomizar. 

Portanto estas 2 palavras referem-se a prostituição, neste caso a prostituição homossexual. 

Paulo no Espírito, neste texto, condena a prostituição homossexual e não a homossexualidade em si. Assim como Paulo a seguir, no capitulo 7, condena a prostituição feminina. 
No capitulo 7 Paulo não condena a heterossexualidade da mulher, mas antes condena a prostituição feminina. Começa tudo antes dos capítulos 6-7, se respeitarmos o contexto, no caso em que um dos crentes mantém relação sexual com a madrasta. 
Os corintios eram gente que vivia num ambiente muito prostituído e devasso e desse ambiente se convertiam ao Evangelho e ingressavam na igreja com esses comportamentos que eram deixados por uns de repente e por outros processualmente. 
A prostituição não era de estrada mas sim no templo, alem dos bordéis, pois era considerado culto aos deuses deles.
Um Malakos, era um travesti, e estes indivíduos não eram cidadãos comuns como hoje qualquer travesti o é. O Malakos era sempre um prostituto cultual, apesar de os haver de bordel. Não haviam travestis apenas cidadãos com orientação homossexual. Qualquer Malakos era sempre prostituto, ou cultual ou de bordel.

Muitos dos crentes ainda não tinham deixado a forma dosordenada de viver amtes da conversão, nomeadamente a libertinagem sexual, e daí o crente que andava com a madrasta e a necessidade de Paulo falar contra a prostituição.
Para ele a homossexualidade não era padrão de Deus, mas não é a homossexualidade que ele condena, pois o que ele condena é a prostituição e todos relacionamentos fora da fidelidade monogamica. Para paulo o modelo de familia de Deus era natural e divinamente o heterosexual, mas não condena nunca a homossexualidade, que era apenas algo disfuncional. Paulo nunca condenou nenhum tipo de relacionamento monogâmico.  

Arsenikoitês e Malakos são palavras que designam prostitutos homossexuais. Paulo condena a prostituição homo e heterossexual.

Prostituição é o assunto, e adultério e fornicação, num ambiente que assim era em Corinto e trazido para a igreja. Paulo lembra que a plenitude do reino de Deus, que diz respeito á vinda de Cristo, nos tornará perfeitos e se para lá desejamos ir, devemos deixar as coisas que não são de lá.
Por isso Paulo nomeia vários tipos de pecado em que todos somos apanhados. Quando Jesus vier ninguém será perfeito e precisará da graça para ser introduzido na plenitude do Reino.
O próprio Paulo que era um exemplo de ética e alguém muito bem comportadinho, precisa de dizer aos filipenses, que apesar de ser líder e um bom exemplo, ainda não alcançou aquilo que Cristo deseja que ele seja e afirma estar num processo continuo de crescimento até que Cristo volte e o torne perfeito. Por isso Paulo dizia: quanto a mim não julgo que o haja alcançado, mas esquecendo-me das coisas que para trás ficam, prossigo para o alvo: a soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Paulo afirma suas vulnerabilidades, sua imperfeição e seu crescimento-aperfeiçoamento processual.
Assim é com todos nós, se não formos hipócritas.
Os fariseus tinham a mania que eram perfeitos, bem comportadinhos, julgando e condenando os outros... E vem Jesus, e expõe-nos, e pede aos discípulos que sejam de uma diferente natureza, que sejam éticos, mas de dentro para fora e não apenas no exterior. Então Jesus propõe um padrão maior do que o dos religiosos de todos tempos. Jesus propõe que só olhar uma mulher e cobiça-la com o olhar é já adultério

Jesus não estava a brincar e nem a usar de figuras de estilo nessa mensagem
pois ele fala também que falar mal e duro a um irmão é estar com sentimento de assassino. 

Para Jesus o pecado começa no interior onde de facto começa e onde Deus o vê, ainda que os homens não.
Por isso só um hipócrita crente é que não sente necessidade de clamar misericórdia, pois todo homem crente não hipócrita sabe que de quando em quando olha e cobiça mulheres e tece pensamentos que ninguém vê ou ouve, todos... 

E nesse sentido todos são adúlteros, sendo que Jesus quis usar da verdade de nossa natureza, para expor o fariseus religiosos á realidade incontornável de que todos somos adúlteros e constantemente caídos, com necessidade de arrependimento continuo, para crescermos e mudarmos a partir daí, com humildade, sabendo-nos sempre falíveis e necessitados de misericórdia, acabando por sermos misericordiosos com o próximo por isso mesmo.... 

No demais é só religião... 

Quando Jesus vier ninguém será perfeito e não me digam que 10 gramas de pecado não condenam o homem e que 10 kilos ou 10 toneladas já condenam, não me digam isso pois basta um pecado para vos colocar no inferno e distantes de Deus... 
Quando Jesus voltar, não encontrará ninguém perfeito, pois encontrará a todos com lacunas, com mazelas, fazendo ainda coisas que não deviam fazer, e mais: não fazendo coisas boas que deviam fazer, sim sim, pois a santidade para Deus é mais do que apenas não fazer mal, pois é sobretudo fazer o bem... 
Quando Jesus vier, todos sem excepção, terão ainda em seu ser impulsos que os levam a pensar e fazer coisas que não deviam fazer, assim como impulsos e egoísmo suficiente para não lhes deixar fazer bens que deviam fazer, pelo que todos terão diante da glória do Cordeiro de reconhecer que suas obras e comportamento são como trapos de Imundície e deverão de joelhos clamar misericórdia e chorar de gratidão pelo abraço acolhedor do Cordeiro Perfeito de Deus... 
A santidade de Deus está a milhões de anos de luz da nossa santidadezinha, pelo que todos vós e eu junto, temos de ser mais humildes e clamar misericórdia todos dias e oferece-la ao próximo...
José Maia (adaptado e revisto por Paulo Anselmo)